segunda-feira, novembro 26, 2007

O Pedido

São Paulo, 26 de Novembro de 2007.

Oi More,

Você deve estar estranhando essa carta, mas sabe eu tinha algo pra te dizer, que eu simplesmente não conseguiria falar pessoalmente, muito menos por telefone, aliás eu detesto esse aparelho, maldito e idiota Graham Bell, por que não inventou nada mais útil, talvez algo que não fizesse o sorvete derreter no calor, deixa pra lá, eu podia ter te mandado um e-mail, um daqueles cartões virtuais, deixado recado no orkut, no fotolog, chamado no msn, mas eu sempre achei cartas manuscritas muito bonitas, demonstram uma preocupação e um bem-querer ao outro, afinal a pessoa despende tempo, caprichando na letra, pensando no que escreve, pensando se a pessoa vai gostar, poxa e eu pensei comigo mesmo nós temos uma história tão legal e assim pelo menos ela vai entender o que eu quero sem que eu engasgue, mude o assunto, alguém nos atrapalhe ou a conexão caia.

Bem a essa altura você deve estar querendo saber o que eu tinha pra te falar, pois até agora eu não disse nada, mas é que eu comecei essa carta achando que ia ser fácil, afinal era só escrever e pronto, colocar tudo que passa na minha cabeça, quando o assunto é você, no papel e estaria tudo perfeito, só que não é tão fácil, simplesmente porque eu não consigo achar as palavras, tudo que penso em escrever me parece igual, batido, mas ao mesmo tempo, talvez seja novidade vindo de mim pra você. Só que eu começo a pensar, e vejo o seu sorriso, os seus olhos, aí começo a relembrar do seu cheiro, das nossas conversas e acabo perdendo o objetivo que me fez pegar esse papel e a caneta, começo a devanear, a sentir o toque da sua mão, tento me concentrar ao máximo pra escrever da melhor forma possível o que quero.


Apesar disso tudo acho que talvez, bem fragilmente você já tem uma idéia do que eu quero dizer, eu sempre fui curto e grosso, menos com você, porque simplesmente não dá pra ser assim contigo, não dá pra deixar de apreciar a sua companhia, não dá pra evitar pensar em você e me enrolar todo nas palavras, mesmo agora longe, tentando escrever sem pestanejar, alguém coloca pra tocar It's now or never, e eu simplesmente perco a objetividade, porque essa é a nossa música, de certa forma é a nossa vida e pensando bem é apropriada pro momento em si, então atendendo as palavras do Rei, São Elvis, eu vou ser direto, vou escrever o que mais quero, o que desejo de você e espero conseguir, é agora ou nunca:


Por todos os dias desses anos que fomos amigos, mais do que amigos, eu gostaria que você: me devolvesse a estatueta do Motoqueiro Fantasma que você levou lá do meu quarto, porra.



Sem mais,
Rodrigo.

4 comentários:

  1. Já era pra eu tewr comentado a muiiiiiito tempo, rsss..... mas lá no trampo os comments estão bloqueados ;)

    Então..... adorei! O final principalmente seu viciado em quadrinhos ......rsssssss

    Bjs maninho

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  2. vc é um louco, mas tb adorei!
    bjo!

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  3. Ola dark!!!!!!e ai melhorou seu mal humor???????
    Essa sua nova historia eh muito legal,gostei muito do seu blog eu tbm tenho outro blog alem do comunnity lokka que eh o toda fofinha entra la e da uma olhadinha!!!!!!!!!!beijos e espero receber mais comentarios seus!!!!!!!

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  4. Deveria ter mandado e-mail, com um falso vírus, para o sujeito tomar tento. Melhorou do zóio, Darkolino?

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